A Aros Inc adquiriu o Scala Leblon localizada na Av. Afrânio de Melo Franco 296 ao lado do Shopping Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Conforme o CEO e cofundador da incorporadora, Ricardo Affonseca, o objetivo é construir no local um empreendimento imobiliário. No entanto, a Aros Inc ainda não definiu a natureza exata do projeto.
Lançamento Scala Leblon na Av. Afrânio de Melo Franco, 296 – Leblon
A incorporadora concentra seu foco em imóveis de luxo na Zona Sul e em loteamentos de alto padrão no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste da cidade. Além disso, o imóvel do antigo Scala Leblon não é o primeiro terreno de uma boate clássica da Zona Sul a integrar o portfólio da Aros Inc. O empreendimento Ludolf 47, na Rua Rita Ludolf está situado no antigo endereço da boate Melt, fechada há mais de uma década. Com um VGV estimado em R$ 180 milhões, 70% das unidades residenciais já foram comercializadas desde o lançamento, realizado em setembro de 2024.
Scala Leblon e sua História
Com uma tradição de 28 anos de bailes, a casa oferecia festas temáticas diariamente durante o Carnaval do Rio de Janeiro. Além disso, nas noites de terça-feira de Carnaval, recebia o tradicional Gala Gay, renomeado como “Scala Gay”. Esse baile GLS encerrava, de forma icônica, as comemorações carnavalescas na cidade.
A confusão na Afrânio de Melo Franco começava cedo, atraindo famílias inteiras para acompanhar a chegada de famosos. Além disso, a ocasião era marcada por entrevistas conduzidas por figuras clássicas como Rogéria, Monique Evans e Luiza Brunet.
O Scala foi inaugurado no Leblon em 1982. Ao longo dos anos, recebeu grandes nomes da música, como Liza Minnelli, Frank Sinatra, Tom Jobim, Chico Buarque, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa, Gilberto Gil e Milton Nascimento. Além disso, personalidades internacionais, como o rei da Espanha Juan Carlos e a rainha Sofia, também marcaram presença no local.
Em 1994, o Scala encerrou a temporada do show Golden Rio e, logo em seguida, passou a funcionar como Discoteca Babilônia até 1998, recebendo, diariamente, cerca de três mil pessoas sob o comando de Ricardo Lamounier. Entretanto, com o fim da discoteca em 1998, o espaço se transformou em palco para eventos fechados, como formaturas e casamentos.
Posteriormente, a casa tornou-se conhecida por abrigar festas badaladas, como I Love Pop, Calzone, Favela Chique, White Clube, Chocolate, Puta Festa, Ausländer, Chá da Alice e Noite Preta. No entanto, essa fase gerou grande confusão na região, levando moradores a solicitar o fechamento do local.